Se algo define nossa viagem para o ENAPET, acho que são as palavras companheirismo, laços e vontade. Uma nova leva de PETianos, incluindo eu, havia acabado de se juntar ao PET FACOM e ainda estávamos nos acostumando quando surgiu a oportunidade de irmos ao Encontro Nacional dos grupos PET. Nos organizamos, mostramos nosso interesse e o resultado foi a partida de oito PETianos para Campinas, graças ao incentivo de nosso tutor e aos bazares que realizamos, com muito carinho, café quente e bolo de cenoura.
Campinas ficava meio distante, distante de tudo, para ser bem sincera. A cidade parecia nos engolir porque nada era perto. Nesses momentos que percebemos o quanto era legal estarmos juntos, nas refeições, na hora de pegar o ônibus ou nos cochilos depois do almoço. O ENAPET nos ensinou na prática o que era formar um grupo unido, que se respeita e dá boas risadas, sabendo ser responsável nas horas certas e descontraído nos momentos de diversão.
Lá vimos lutas de verdade, grupos que querem ser ouvidos e mostrar seu valor, assim como o próprio PET. Conhecemos histórias, ouvimos a realidade e questões de diversas pessoas de todo país. Problemas que não temos e soluções que buscamos. No ENAPET entramos em contato com o Brasil fora do nosso próprio umbigo, conhecemos nossos vizinhos de estado, de região e quem está bem longe, mais longe do que Campinas.
Crescemos bastante não só como grupo, mas como amigos, dentro do PET FACOM ou de outros PETs e GETs da UFJF, lutamos por causas que acreditamos e defendemos nosso programa. Além disso, temos uma PETiana da Facom como membro da Comissão da Diversidade, representando um passo importante para a democratização e igualdade dentro dos grupos PET.
Com calor no peito e sorriso no rosto, encaramos esse desafio. Ano que vem, as malas estarão prontas com toda vontade de fazer a diferença, partindo dessa vez para bem mais distante, Natal, no Rio Grande do Sul, dispostos a navegar em águas cada vez mais agitadas em busca de novos horizontes e novas lutas.
Ana Lívia